Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Criciúma e Região


Paralisação na Agrovêneto em Nova Veneza

Paralisação na Agrovêneto em Nova Veneza

29/08/2013.

Trabalhadores da Agroveneto de Nova Veneza fazem paralisação de uma hora reivindicando respeito a saúde!

 

Os trabalhadores da Agrovêneto JBS, de Nova Veneza, fizeram uma paralisação das atividades na troca de turno desta quarta-feira, 28 de agosto, das 14 às 16 horas. O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação (Sintiacr) de Criciúma e região recebeu, nas últimas semanas, denúncias de trabalhadores que relatavam que os médicos da empresa não aceitam mais os atestados emitidos por especialistas e, quando aceitam, cortam os dias do atestado pela metade. 

O presidente do sindicato, Célio Elias, explica que para que esses procedimentos aconteçam, o médico deve prescrever o motivo da mudança por escrito ao paciente. O sindicalista explica que os trabalhadores citaram o péssimo tratamento dado por eles na hora da consulta, ameaçando levar o caso ao Ministério Público. Os funcionários reclamaram também da mudança nos EPIs por equipamento de qualidade inferior, o que coloca em risco a saúde dos trabalhadores entre outros problemas. 

A direção do sindicato se reuniu com a administração da empresa no dia 16 de agosto para discutir o assunto. Segundo Elias, ficou definido que se os médicos negassem ou cortassem atestados de outros profissionais seriam obrigados a fornecer ao trabalhador, por escrito, o motivo que o levou a mudar o que foi prescrito pelo médico que atendeu o trabalhador. 

“Desta vez, após recebermos informações de que o problema dos atestados continua e o acordo não foi cumprido estamos mobilizando a categoria para essa paralisação. Não podemos permitir que a empresa mantenha os abusos com os trabalhadores, fazendo-os passarem por essa humilhação e falta de respeito”, pondera Célio.

Dois trabalhadores da indústria plástica de Criciúma passam pelo mesmo tipo de problema. Eles começarão o mês de setembro sem receber salário, uma vez que os dois tiveram seus benefícios de auxílio doença rejeitados pela perícia médica do INSS. Os médicos das empresas em que eles trabalham, no entanto, reconhecem que eles não estão recuperados e aptos para retornar às atividades como operadores de máquinas, e por isso eles não podem voltar a trabalhar. 

O vice-presidente do sindicato dos trabalhadores plásticos, químicos e farmacêuticos, Joel Bittencourt, que acompanha os casos e busca alternativas, ressalta que uma das saídas estudadas pela diretoria do sindicato é incluir cláusula na próxima convenção coletiva que responsabilize as empresas ao pagamento dos salários dos trabalhadores enquanto perdurar divergência entre pareceres de médicos das empresa e do INSS. “Mais esta conta não pode ser paga pelo trabalhador”, resume Joel.

 

 

Fonte: Texto - Engeplus / Fotos - Siserp